terça-feira, 30 de dezembro de 2014

GREVE POR SALÁRIOS PARALISA O HOSPITAL REGIONAL SANTA CASA DE ITABERABA.



Os trabalhadores de todas as categorias, desde auxiliares, enfermeiros e médicos, decidiram em assembléia na ultima segunda-feira (29) paralisar o atendimento no Hospital Regional Santa Casa de Itaberaba, diante do atraso no pagamento dos salários, por parte da Associação de Proteção à Maternidade e à Infância, a filantrópica que administra os serviços hospitalares naquela unidade de saúde.  Conforme o provedor da Santa Casa, Salvador Roger de Souza, a greve surgiu diante das grandes dificuldades que afligem os trabalhadores que há três, quatro e até cinco meses, estão sem receber seus vencimentos mensais. “Por mais que quiséssemos evitar a greve ela foi inevitável, diante dos desacertos da APMI que não cumpriu com nenhuma data marcada ao longo do mês de dezembro, ficando sem pagar os salários atrasados”.



Informa o médico e diretor clínico, Roberto Gutierrez, que a greve paralisou todo o atendimento de clínica médica, porém, os casos reconhecidos como de urgência serão recebidos, podendo haver internamentos. Ele garantiu que os pacientes que já se encontravam internados serão assistidos normalmente. “A manifestação dos trabalhadores seguem a orientação do direito de greve na área de saúde, com todos assegurando o atendimento das emergências”, disse Gutierrez.


Negociação frustrada

Durante a tarde e até à noite da ultima segunda-feira, reuniram-se no hospital a secretária municipal de saúde, Denise Mary Sá Teles, membros do Conselho Municipal de Saúde, vereadores  da comissão de saúde da Câmara Roberto Almeida (PT), Carlos Tanajura (PDT), a diretoria médica, a administração hospitalar e membros da Provedoria da Santa Casa, quando tentou-se uma negociação com os  trabalhadores para evitar paralisação. O impasse veio do fato de que ninguém podia garantir quando a APMI estaria realizando o pagamento. Apenas um comunicado assinado pela diretoria financeira da APMI, foi apresentado pela representante administrativa Jocinete Brandão, afirmando que o pagamento será realizado a partir do dia 2 de janeiro de 2015.

Município ameaça com intervenção

A secretária municipal Denise, chegou a anunciar que diante da paralisação, o município ameaça com a hipótese da intervenção, o que pode ocorrer a partir do dia 5 de janeiro. Para esta data a secretária e o conselho municipal de saúde ficaram de convocar os principais dirigentes da APMI, para uma reunião decisiva sobre a hipótese da intervenção.
Tanto o diretor clinico Roberto Gutierrez, quando o provedor Salvador Souza, reagiram contra a ameaça de intervenção municipal. “Não cabe neste momento esta estranha ameaça e arbitrariedade – reagiu o provedor – nem mesmo pelo fato da greve, pois é um direito dos trabalhadores diante do sofrimento que passam com seus salários atrasados”. O médico Gutierrez salientou que nada justifica a intervenção, “pois os serviços de saúde que o hospital vem realizando tem superado todas as metas contratuais, apesar das dificuldades geradas pela grande demanda e a baixa remuneração ofertada pela SESAB”. 
As informações foram extraídas do Portal  O Paraguacu.

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