Os
trabalhadores de todas as categorias, desde auxiliares, enfermeiros e médicos,
decidiram em assembléia na ultima segunda-feira (29) paralisar o atendimento no
Hospital Regional Santa Casa de Itaberaba, diante do atraso no pagamento dos
salários, por parte da Associação de Proteção à Maternidade e à Infância, a
filantrópica que administra os serviços hospitalares naquela unidade de
saúde. Conforme o provedor da Santa Casa, Salvador Roger de Souza, a
greve surgiu diante das grandes dificuldades que afligem os trabalhadores que
há três, quatro e até cinco meses, estão sem receber seus vencimentos mensais.
“Por mais que quiséssemos evitar a greve ela foi inevitável, diante dos
desacertos da APMI que não cumpriu com nenhuma data marcada ao longo do mês de
dezembro, ficando sem pagar os salários atrasados”.
Informa
o médico e diretor clínico, Roberto Gutierrez, que a greve paralisou todo o
atendimento de clínica médica, porém, os casos reconhecidos como de urgência
serão recebidos, podendo haver internamentos. Ele garantiu que os pacientes que
já se encontravam internados serão assistidos normalmente. “A manifestação dos
trabalhadores seguem a orientação do direito de greve na área de saúde, com
todos assegurando o atendimento das emergências”, disse Gutierrez.
Negociação frustrada
Durante
a tarde e até à noite da ultima segunda-feira, reuniram-se no hospital a
secretária municipal de saúde, Denise Mary Sá Teles, membros do Conselho
Municipal de Saúde, vereadores da comissão de saúde da Câmara Roberto
Almeida (PT), Carlos Tanajura (PDT), a diretoria médica, a administração
hospitalar e membros da Provedoria da Santa Casa, quando tentou-se uma
negociação com os trabalhadores para evitar paralisação. O impasse veio
do fato de que ninguém podia garantir quando a APMI estaria realizando o
pagamento. Apenas um comunicado assinado pela diretoria financeira da APMI, foi
apresentado pela representante administrativa Jocinete Brandão, afirmando que o
pagamento será realizado a partir do dia 2 de janeiro de 2015.
Município ameaça com intervenção
A
secretária municipal Denise, chegou a anunciar que diante da paralisação, o
município ameaça com a hipótese da intervenção, o que pode ocorrer a partir do
dia 5 de janeiro. Para esta data a secretária e o conselho municipal de saúde
ficaram de convocar os principais dirigentes da APMI, para uma reunião decisiva
sobre a hipótese da intervenção.
Tanto
o diretor clinico Roberto Gutierrez, quando o provedor Salvador Souza, reagiram
contra a ameaça de intervenção municipal. “Não cabe neste momento esta estranha
ameaça e arbitrariedade – reagiu o provedor – nem mesmo pelo fato da greve,
pois é um direito dos trabalhadores diante do sofrimento que passam com seus
salários atrasados”. O médico Gutierrez salientou que nada justifica a
intervenção, “pois os serviços de saúde que o hospital vem realizando tem
superado todas as metas contratuais, apesar das dificuldades geradas pela
grande demanda e a baixa remuneração ofertada pela SESAB”.
As informações foram
extraídas do Portal O Paraguacu.
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